
Objetivo: classe C, a maior comunidade online do Brasil
20 diciembre 2011
São mais de cem milhões de brasileiros que aspiram a coisas simples. Usar sua própia máquina de lavar, gravar seus filhos no primeiro aniversario ou viajar pela primeira na sua vida. Simples, mas muito úteis para elas. E pessoas acostumadas na sua vida diária a tirar a maior utilidade das coisas, está descobrindo que internet é o seu maior aliado. Este fenómeno está transformando o mercado digital brasileiro e a maneira em que as empresas no Brasil se comunicam pela internet.
A classe C brasileira, com uma renda familiar entre 20.20 e 5100 reais (entre 980 e 2090 euros) segundo a Fundação Getulio Vargas e que forma mais da metade da população, é o grande motor da revolução digital brasileira, com um aumento de 40 milhões de pessoas nos últimos oito anos devido a expansão do crédito. E como comentava Ricardo Meirelles de Data Popular, deveriam ser o principal foco de muitas empresas que só a estavam considerando como un nicho a mais do mercado.
Apesar de ser um fenômeno que tem crescido ao longo de uma década, é agora quando as grandes empresas estão redesenhando seus négocios para lhes atender melhor. Perceberam que não consiste já em oferecer o preço mais barato. Ainda tem poucas marcas que acumulem uma grande experiência para lidar com o comportamento da classe ,C que sabem que agora procuram mais a qualidade e que são mais ativos nas redes sociais do que as classes mais altas, reflexo da sua vida offline, do seu sentido de comunidade, onde batem papo, discutem, colaboram, advertem e seguem as dicas dos seus próprios vizinhos.
A classe C é jovem e está a cada dia nas redes. Por isso muitas empresas tem multiplicado os clientes interessados nos seus serviços desde que se focaram diretamente em falar com seu target nas mídias sociais, como a empresa de cursos profissionais Microcamp. A maioria desta classe social pertence a núcleos familiares firmes, assim que algumas marcas internacionais como Sony estão aprendendo a formar parte desses laços e oferecer serviços adicionais. Também uma linguagem simples e facilicidades nos pagamentos á vista, ajudam a orientar estas novas estratégias de comunicação de setores que antes não estavam a seu alcance, como fizeram algumas companhias aéreas como Tam.
Embora em 2012 veremos uma aproximação maior com este público, acontece que muitas pessoas responsáveis da elaboração de estratégias de comunicação para as classes emergentes estão longe delas na vida real, portanto as redes sociais se tornam ainda mais fundamentais para escutá-las e se adatar as necessidades delas. Não somente pensando no Orkut, plataforma social bastante ligada a esta classe social até o arrassador sucesso de Facebook no pais tropical em 2011, que está fazendo que emigem aos poucos de plataforma.
Por outro lado, existem muitas localidades no Brasil onde boa parte da comunidade emergente brasileira ainda deve lidar com serviços de internet de baixa qualidade, e não servirá para nada tanta revolução se não tem uma melhoria rápida e eficiente das infra-estruturas de comunicações para seguir o ritmo de consumidores e marcas deste novo Brasil que mais pessoas estão desejosas de participar.
Imagem de Samuel Kassapian Jr en Flickr

